O Real Legado

O Patriotismo é o sangue que corre nas veias de uma Nação. E cada nova emoção que envolva a História dos nossos antepassados, é como um novo batimento em nosso peito. Muitas são as formas de manter essa ufania e orgulho vivos nos corações dos patrícios, como estudar os importantes fatos históricos que compõem a história da nação; ouvir emocionado a melodia do hino de seu país; encantar-se dentro de um museu ao entrar em contato direto com pedacinhos do passado, dentre tantas outras formas.

À esquerda: Público em euforia, invade pista de Interlagos para comemorar com Ayrton Senna, 1991. À Direita: Ayrton Senna exibe as cores do Brasil, em comemoração à vitória.

No Brasil, uma das maneiras mais fortes de sentir essa união de um povo tão diverso e numeroso, é o esporte! Ayrton Senna, Pelé, Maria Lenk, Marta, Vanderlei Cordeiro de Lima, Gustavo Kuerten, Neymar, César Cielo, Maria Esther Bueno e tantos outros representantes, das mais diversas modalidades, seja no passado ou atualmente, provavelmente já nos emocionaram de alguma forma, já nos fizeram torcer ou mesmo despertar o orgulho de sermos brasileiros.

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Em uma Nação onde, por vezes, o povo desconhece sua real história, não podemos simplesmente minimizar a importância do esporte brasileiro para a manutenção do espírito patriótico do nosso povo.

A Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos são as duas maiores competições esportivas do planeta. Momento em que atletas dos mais diversos países se encontram para disputar de forma saudável quem é o melhor daquela modalidade. Tanto a Copa do Mundo quanto os Jogos Olímpicos possuem um pouco de história monárquica por trás.

À esquerda: Foto de Jorge I Rei da Grécia, aproximadamente 1912 . A Direita:  Abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas, 1896.

Os Jogos Olímpicos da Era Moderna nasceram na cidade de Paris, em 1894 – na mesma cidade em que falecia o Imperador brasileiro três anos antes – no Congresso de Sorbonne. Eles foram pensados e colocados em prática por um barão francês e o evento foi inaugurado no reino originário dos Jogos da Era Antiga: a Grécia. O Barão de Coubertin, Pierre de Frédy, pedagogo e historiador, descendente do rei (e santo) Fernando III de Castela, era apaixonado pela história grega e decidiu reavivar tal competição. A frase tradicional de abertura dos jogos “Declaro abertos os Jogos Olímpicos”, nasceu de uma improvisação do Rei Jorge I, da Grécia, que, ao abrir os primeiros jogos da Era Moderna, disse: “Declaro abertos os primeiros Jogos Olímpicos em Atenas.” A partir daí, outros monarcas e príncipes já tiveram o privilégio de repetir a famosa frase ao abrir os jogos em seus países. Hoje, o Comitê Olímpico Internacional possui diversos monarcas e príncipes entre seus membros efetivos e honorários.

Rainha Elizabeth II nas aberturas dos Jogos Olímpicos de 1976 e 2012 respectivamente.

Já a Copa do Mundo de Futebol, que não envolve outras modalidades esportivas, foi criada em 1930. O futebol foi inventado em uma monarquia, a Inglaterra. Contudo, há relatos de que práticas parecidas com o esporte já eram desenvolvidas muito tempo antes, como na Grécia Antiga, no Império Romano, na China e mesmo no Japão. Curiosamente, com exceção da Grécia que mantinha a independência de suas cidades-Estado, e cada uma delas mantinha uma forma de governo própria, todos os outros eram monarquias ligadas a seu tempo.

Rainha Elizabeth entrega a taça Jules Rimet para o capitão da Inglaterra Bobby Moore, 1966.

O episkyros, praticado na Grécia, data do século VIII a.C., e já parecia um pouco com o futebol. Casos semelhantes são o tsu chu chinês (séc. III a.C.), o harpastum romano (séc. I) e o kemari japonês do século II. No caso chinês, o esporte embrião do futebol conquistou até mesmo a realeza da época. O imperador Wudi, da dinastia Han, chegou a ordenar a mudança dos melhores jogadores para a capital do império, para que pudesse assistir a jogos de alta qualidade.

Fato é que desde tempos remotos, o futebol leva multidões ao delírio e, por ter se adaptado tão bem no Brasil, possui o mesmo efeito entre nós. D. Pedro I e D. Leopoldina ficam mais visíveis no cotidiano, pois o Verde e o Amarelo dos Bragança e Habsburgo, tomam conta das ruas das cidades brasileiras. Parece uma forma de resistência de nossa real história em se manter viva no coração e na alegria dos brasileiros.

Torcedores, de diferentes times nacionais, juntos torcendo para a seleção brasileira.

O Tope Nacional fora pensado da seguinte forma: “O Laço, ou Tope Nacional Braziliense, será composto das côres emblemáticas – Verde de primavera, e amarello de ouro – na fórma do modelo annexo a este Meu Decreto. A flôr verde no braço esquerdo, dentro de um ângulo de ouro, ficará sendo a Divisa voluntaria dos Patriotas do Brazil, que jurarem o desempenho da Legenda – INDEPENDENCIA OU MORTE – lavrada no dito ângulo”. Ostentar em sua vestimenta o lema da Nação é propagar o amor pela nossa História e a vontade de lutar até a morte por nossa soberania e independência.

Decidimos juntar o útil ao agradável. Por que não aproveitar essa explosão de patriotismo para levar um pouco mais do conhecimento acerca de nossa própria história para as pessoas? Vamos espalhar o verde-louro pelo país, vamos vibrar com cada partida, com cada conquista, mas vamos fazer da forma correta, enaltecendo a nossa verdadeira História, com o nosso imperial brasão no lado esquerdo do peito, sentindo a adrenalina e as batidas de nossos corações em plena sintonia por todo o Brasil.

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O maior legado da Copa do Mundo, não precisa ser o estádio, não precisa ser o gol ou até mesmo o título. O maior legado da Copa e dos Jogos Olímpicos deve ser o sentimento que nos une como Nação. Sentimento este criado e cultivado pelos nossos imperadores e que agora está sob nossa responsabilidade.

Seja um guardião de nossa História. Vista-se com nossa camisa da Seleção e cubra-se de Patriotismo.

Referências:

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