O Brasão Imperial é o símbolo máximo de uma época gloriosa. Nele estão resguardados, simbolicamente, tradição e exemplos dados pelos nossos pais fundadores. Se antes ele foi esquecido, depois de décadas de regime republicano, hoje com a falência do mesmo, o sentimento real fez com que ele ressurgisse.
Atualmente os Símbolos Nacionais possuem regras exatas para a reprodução, porém antigamente isso não acontecia. Dessa forma é comum encontrar tanto a Bandeira quanto o Brasão do Império do Brasil com algumas variações gráficas, gerando dúvidas entre os interessados. Uma das questões mais recorrentes entre os amantes da História do Brasil, é sobre a cor do forro da coroa. Existem representações em que o forro é vermelho, outras em verde. Entretanto, especialistas se aproximam da ideia de que o forro é vermelho por convenção heráldica. Já o laço que une os ramos de café e tabaco é verde e amarelo, segundo a própria legislação, esclarecendo um erro gráfico moderno que o indicava como vermelho.
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É importante ressaltar que o brasão não possui uma forma exata de ser desenhado, desde que obedeça a descrição oficial, no que se refere às peças e sua quantidade, bem como às cores. O resto cabe ao artista. O mesmo ocorre com a bandeira, que nunca teve um desenho igual ao outro.
À esquerda: Brasão ornamental do altar da Cripta Imperial (Monumento à Independência).| À direita: Brasões cunhados em botões de fardas.
Curiosas apresentações do Brasão Imperial em versão de Grandes Armas. À esquerda: Brasão estampado no Coche Imperial, com os ramos atados sob a Serpe dos Bragança (Acervo do Museu Imperial, Petrópolis) | À direita: Brasão representado na Lei Áurea de 1888, com os ramos atados pela Imperial Ordem do Cruzeiro (CEDOC)
Segundo o decreto de 18 de setembro de 1822, o brasão é formado por um escudo verde tendo ao centro um símbolo pensado exclusivamente para representar o governo de Dom Pedro I – a Esfera Armilar de ouro atravessada por uma cruz da Ordem de Cristo. O mesmo símbolo é circundado por estrelas de prata sobre uma orla azul, representando as províncias brasileiras (dezenove durante o primeiro reinado e vinte durante o segundo). Além disso, como suporte, o brasão conta com dois ramos unidos pelo laço nacional. Os ramos são de café frutificado e de tabaco florido, representando importantes culturas do cenário brasileiro de então. A Coroa Imperial timbra o escudo.
Se antes tínhamos um brasão “de orgulho”, hoje temos um manchado por corrupção e injustiça. Símbolo de tradição e respeito, o Brasão Imperial traz consigo toda a moralidade de uma família que tanto ofertou à Nação. Usá-lo é se revestir de um escudo à imagem de Dom Pedro II, honrar a sua vida dedicada à pátria, e valorizar a nossa Real História.
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Referências:
POLIANO, Luís Marques. Heráldica. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
LUZ, Milton. A História dos Símbolos Nacionais. Edições do Senado Federal – Volume 47. Brasília, 2005.
