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Legitimidade e Dever

A coroa é, talvez, o símbolo mais conhecido das monarquias. De fato, quando pensamos em monarquia, a figura que nos vem à cabeça é a de reis e rainhas coroadas. Além de ser um marco no assunto, as coroas têm muito mais significado do que apenas um adereço. Para os leigos no assunto, uma coroa é apenas um símbolo máximo de autoridade e soberania do rei ou imperador, contudo, a simbologia é muito maior do que se imagina.

Dentre as várias simbologias que a coroa representa, destacamos o Poder e a Legitimidade (como já mencionado), mas também a liderança, a imortalidade e até mesmo a humildade.

O ato de coroação de Dom Pedro II, François-René Moreaux, 1842. 

Existem três fatores principais os quais os estudiosos e heraldistas se baseiam para dar simbologia às coroas. São eles: o local do corpo onde ela é colocada, seu formato circular e o material do qual ela é feita. A cabeça do homem e da mulher representa o ápice de seu corpo, local que “termina” o corpo humano e “inicia” o céu, o cosmos. Por causa disso, a coroa pode ser entendida como elo entre o humano e o divino. O objeto que liga o material ao espiritual, o humano ao deus. Não o transforma em tal, mas o conecta.

Em sociedades monárquicas, comumente as mais antigas, é comum o cidadão distinto usar em eventos chapéus para destacá-lo dos demais. A coroa é restrita aos monarcas e à realeza como um todo, porém deixar a cabeça “descoberta” nesses casos denotava certa simplicidade ou até mesmo pobreza por parte da pessoa. Justamente por isso diversos chapéus, para homens e mulheres, eram (e são) usados em eventos diversos, demonstrando certa posição social mais elevada.

Muitas vezes, na Era Medieval, o tamanho da coroa representava a hierarquia real. Ninguém poderia usar uma coroa maior do que a do rei ou imperador. Nas iluminuras e afrescos da Idade Média, anjos eram representados coroando reis e rainhas, como uma forma de legitimar um poder que havia sido dado por Deus a essas pessoas. Foi através desse pensamento que na Idade Moderna vários filósofos defenderam o “Direito Divino dos Reis” de governar. Hoje a sociedade já não entende mais como um “direito divino”, mas encara a tradição como forma de legitimar uma Família Real.

À esquerda: Coroa de Dom Pedro I, acervo Museu Imperial. À direita: Coroa de Dom Pedro II, acervo Museu Imperial.

Estudiosos encaram que a origem da coroação está no campo pessoal, espiritual do coroado. Aquela pessoa que se distinguiu dos outros por causa de suas qualidades e virtudes teria atingido um tal ponto de “consagração de si próprio”, que passou a ganhar o respeito da comunidade. Ao tornar-se “rei de si”, atingira uma espécie de “realeza interior”, sendo bastante respeitado por isso.
Existem (e existiram) muitos tipos diferentes de coroas. Desde aquelas mais tradicionais voltadas à realeza (e neste caso elas diferem de tamanho, enfeites, material, etc.), até aquelas ligadas às premiações esportivas como forma de consagrar os campeões. Existem coroas ligadas às religiões, ao matrimônio em diferentes culturas e muitas outras.
No Império do Brasil as coroas dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II são o destaque! Em relação à coroa do nosso primeiro imperador, ela é descrita da seguinte maneira:

A Coroa de Dom Pedro I é feita de ouro de 22 quilates, possui um formato elíptico e mede 36,5 cm de altura e 20 cm de diâmetro e pesa 2,689 kg. A base é guarnecida de oito escudos com as armas imperiais (incluindo os ramos de café e tabaco) alternados com florões. Oito meios-arcos ornamentados por ramos de palmeira surgem do topo dos escudos, arrematando em um monde formado por uma esfera armilar encimada por uma cruz pattée, em referência a Imperial Ordem de Cristo, formando um Globus cruciger. Antes de ser trocada pela Coroa Diamantina, os nervos centrais das folhas de palmeira, o centro dos florões e a banda zodíaca da esfera armilar e a cruz eram incrustados de, ao todo, 639 diamantes e 227 brilhantes e seu interior era forrado por um forro de veludo verde.”

Já a Coroa Diamantina, que foi usada por D. Pedro II, assim é descrita:

“Toda a armação da coroa é trabalhada em ouro. A base da coroa suporta oito semiarcos encimados por uma cruz formando um Globus cruciger. A Coroa tem 0,310 m de altura, 0,205 m de diâmetro, pesa quase 1.955 g e é decorada com 639 brilhantes e 77 pérolas. Entre 1988 e 1989, a CEF fez a última perícia na coroa imperial, que avaliaram a peça em um milhão de dólares.”

A coroa traz consigo o sentimento de Dever e Legitimidade de um(a) monarca. O dever da Tradição de, por haver nascido em filho ou filha de determinado casal real, abdicar de sua total liberdade para servir à Nação. A Legitimidade está, igualmente, associada à Tradição, pois é mais fácil de entender as razões de uma pessoa ser rei e a outra não. O histórico familiar de dedicação a uma sociedade acaba por legitimar a continuidade daquele grupo. É dever do príncipe, futuro rei, ser fiel aos princípios que regem seu povo. É ele o receptáculo de esperança de continuísmo daquele grupo. É legítimo de sua parte herdar a coroa que um dia já foi colocada nas cabeças de tantos dos seus antepassados, amparados não apenas pelo espiritual, mas consagrada pelo seu povo!

 

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Conhecendo a importante simbologia destes magníficos artefatos, a Von Regium decidiu criar um produto tendo por base várias coroas que repousaram (e repousam) nas cabeças de muitos monarcas pelo mundo! Inaugurando uma nova etapa de produtos e tendo em vista alcançar cada vez mais pessoas em relação aos temas monárquicos, criamos o nosso moletom real! Uma forma de você poder demonstrar sua simpatia ou apoio através de um belo e casual designe. “Vestir” tantas coroas diferentes pelo mundo fará com que você carregue consigo um incontável número de significados, sejam eles históricos ou mesmo espirituais!

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